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domingo, 22 de agosto de 2010

O que é Substantivo?

Substantivo é a palavra que:

Quanto ao conteúdo: nomeia os seres, ações, qualidades, sensações, sentimentos etc.
Quanto à forma: é variável.
Quanto a sintaxe: é o núcleo das principais funções sintáticas, como sujeito e objeto.
Todos os substantivos aceitam artigos.
Veja abaixo:
Seres reais: casa, sol
Seres imaginários: fada, dragão
Ações: corrida, construção
Qualidades: beleza, palidez
Sensações: frio, arrepio
Sentimentos: medo, amor

Classificação do Substantivo

1. Próprio – Comum
* O substantivo próprio designa um ser entre outros da sua espécie:
* O substantivo comum designa a espécie:

2. Concreto – Abstrato
* Substantivo concreto designa os seres que têm, ou acreditamos que tenham, existência própria independente de outros seres.
* Substantivo abstrato designa sensações, estados, ações ou qualidades dos seres.

3. Simples – Composto
* O substantivo simples é formado por um só radical ou uma só palavra:
* O substantivo composto é formado por mais de um radical ou mais de um apalavra:

4. Primitivo – Derivado
* O substantivo primitivo
é formado por um radical que pode dar origem a outros:
* O substantivo derivado possui um único radical a que foram acrescidos afixos:

5. Coletivo
* O substantivo coletivo é o substantivo singular que designa vários seres de uma espécie.

Flexão do Substantivo

O substantivo flexiona-se em gênero e número.
* Flexão de gênero
Em português, há apenas dois gêneros, que agrupam todos os substantivos: gênero masculino e gênero feminino.
Em geral, é masculino o substantivo que admite o artigo o, e é feminino, o que admite o artigo a.

Obs 1: Os substantivos que possuem duas formas para indicar o gênero, uma para o masculino outra para o feminino, são chamados de biformes.

Obs 2: Os substantivos que possuem uma só forma para indicar os dois gêneros chama-se uniformes.

* Substantivo biforme
A formação do feminino pode ser feita em maneiras diferentes.
Formação por meio de morfemas (desinências e sufixos):
Terminação o - Troca por a: garoto-garota
Terminação e - Troca por a: elefante-elefanta
Terminação e,a - Troca por essa, esa, isa: sacerdote-sacerdotisa
Terminação ês,or,z,s,l - Acréscimo de a: francês-francesa.
Terminação ão - Terminação por ã: cidadão-cidadã

Formação e alteração de radicais

Os substantivos que mudam de gênero por meio de outra palavra (ou de outro radical) podem ser chamadas de heterônimos.
* Substantivo uniforme: Possui uma só forma para o masculino e feminino.
Há três tipos:
01. Sobrecomum: é o substantivo que apresenta um só gênero para indicar seres do sexo masculino e seres do sexo feminino.

02. Comum-de-dois:
é o substantivo que apresenta uma só forma para o masculino e para o feminino e faz indicação de gênero com o auxilio de artigo, adjetivo, pronome adjetivo ou outras formas adjetivas.

03. Epiceno: é o substantivo que designa animais ou insetos e não varia de gênero.
Para se explicar o sexo do animal, indica-se o masculino e o feminino com o auxílio dos adjetivos macho fêmea.

Gênero do significado
Alguns substantivos são masculinos ou femininos, conforme o sentido em que se achem empregados.

Flexão de número
Número é a particularidade que os substantivos tem de indicar um ou mais seres ou coisas. Os substantivos podem se apresentar na forma do singular o do plural.

* Singular refere-se a um ser ou grupo de seres.

* Plural: indica mais de um ser ou grupo de seres.

Grau do Substantivo
Além da forma verbal usual, que poderíamos chamar de grau normal, alguns substantivos podem apresentar o grau diminutivo e o grau aumentativo, para representar uma relação de tamanho ou para expressar outras ideias, como a afetividade.
O grau pode ser indicado por meio de sufixos ou de palavras que acompanham o substantivo.

Forma Sintética: é o processo de indicação de grau por meio da derivação sufixal.

Principais sufixos usados na formação sintética de aumentativos e diminutivos:
Aumentativo: ão, alhão, arão, zão, zarrão, aço, aça, anca, anzil, aréu, arra, ázio, ona, orra, uca.
Diminutivo: acho, eco, ejo, ela, ete, iço, inho, inha, im, isco, ola, ote, ucho.

domingo, 8 de agosto de 2010

O que é um conto?

CONTO – História completa e fechada como um ovo. É uma célula dramática, um só conflito, uma só ação. A narrativa passiva de ampliar-se não é conto.Poucas são as personagens em decorrência das unidades de ação, tempo e lugar. Ainda em consequência das unidades que governam a estrutura do conto, as personagens tendem a ser estáticas, porque as surpreende no instante climático de sua existência. O contista as imobiliza no tempo, no espaço e na personalidade.O conto se semelha a uma tela em que se fixasse o ápice de uma situação humana.
ESTRUTURA - É essencialmente objetivo, e horizontal. Foge do imaginário para a realidade viva, presente, concreta. Divagações são escusadas. Breve história. Todas as palavras hão de ser suficientes e necessárias e devem convergir para o mesmo alvo. O dado imaginativo se sobrepõe ao dado observado. A imaginação, necessariamente presente, é que vai conferir à obra o caráter estético. Jamais se perde no vago. Prende –se à realidade concreta. Daí nasce o realismo, a semelhança com a vida.
LINGUAGEM – Objetiva, utiliza metáforas de imediata compreensão para o leitor, despe –se de abstrações e da preocupação com o rebuscamento. O conto desconhece alçapões subterrâneos ou segundas intenções. Os fatos devem estar presentes e predominantes. Ação antes da intenção.Dentre os componentes da linguagem do conto, o dialógo é o mais importante de todos. Está em primeiro lugar, por dramático, deve ser tanto quanto possível dialogado.Os conflitos, os dramas residem na fala das pessoas, nas palavras ditas, não no resto. Sem diálogos não há discórdia, desavença ou mal – entendido e, sem isso, não há conflito e nem ação.As palavras como signos de sentimentos, de ideias, emoções, podem construir ou destruir. Sem diálogo torna –se impossível qualquer forma completa de comunicação. A música e a dança transmitem parcialmente tudo o que o homem sente ou pensa. O meio ideal de comunicação é a palavra, sobretudo na forma de diálogo.O diálogo é a base expressiva do conto: diálogo direto, indireto e interior.No conto, predomina o diálogo direto que permite uma comunicação imediata entre o leitor e a narrativa.Se usado diálogo indireto em excesso, o conto falha ou é de estreante.Diálogo interior: trata –se de um requintado expediente formal, de complexo e difícil manuseio.Outro expediente linguístico é a narração, que deve aparecer em quantidade reduzida, proporcional ao diálogo.Os escritores neófitos ou inexperientes usam e abusam da narração, por ser um recurso fácil, que prescinde das exigências próprias do diálogo. É um recurso que tende a zero no conto.A descrição ocupa semelhante lugar na estrutura do conto. Está fora de cogitação o desenho acabado das figuras. Ao contrário, o conto não se preocupa em erguer um retrato completo das personagens, mas centram –se nos conflitos entre as personagens.A descrição da natureza, ou do ambiente, ocupa ainda mais modesto, pois o drama expresso pelo diálogo, dispensa o cenário. O drama mora nas pessoas, não nas coisas e nem na roupagem.A descrição completa-se com 2 ou 3 notas singelas, apenas para situar o conflito no espaço.
TRAMA - Linear, objetiva. A cronologia do conto é a relógio, de modo que o leitor vê os fatos se sucederem numa continuidade semelhante à vida real.O conto, ao começar, já está próximo do epílogo. A precipitação domina o conto desde a primeira linha.No conto, a ação caminha claramente à frente. Todavia, como na vida real, que pretende espelhar, de um momento para o outro deflagra o estopim e o drama explode imprevistamente. A grande força do conto e o calvário dos contistas consiste no jogo narrativo para prender o interesse do leitor até desenlace, que é, regra geral, um enigma.O final enigmático deve surpreender o leitor, deixar – lhe uma semente de meditação ou de pasmo perante a nova situação conhecida.Casos há em que o enigma vem diluindo no decorrer do conto. Neste caso ele se aproxima da crônica ou corresponde a episódio de romance.
FOCO NARRATIVO – 1ª e 3ª pessoa. O conto transmite uma única impressão ao leitor.Começo e epílogo: O epílogo do conto é o clímax da história. Enigmático por excelência, deve surpreender o leitor.O contista deve estar preocupado com o começo, pois das primeiras linhas, depende o todo o conto.O começo está próximo do fim. E o contista não pode perder tempo com delongas que enfastiam o leitor, interessado no âmago da história.O início é a grande escolha. O contista deve saber como começar, o romancista.A posição do leitor diante do conto é de quem deseja, às pressas, desentediar – se. Ele procura no conto o desenfado e o deslumbramento perante o talento que coloca em reduzidas páginas tanta humanidade em chama.O contista sacrifica tudo quanto possa perturbar a ideia de completude e unidade.