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sábado, 2 de julho de 2011

BOAS FÉRIAS.....

Olá. Queridos alunos e professores!!!

Chegaram as maravilhosas e tão esperadas férias de julho.
Qual professor(a) e aluno(a) não fica feliz em saber que pode descansar um pouquinho e colocar a cabeça em ordem?
Nem me fale…
Eu adoro dar aula, mas, acredito que o professor tem que ter um momento para curtir um pouco, descansar, entre outras coisas.
Curtam bastante esse momento com a família, com os amigos e é claro com vocês mesmos.. Leiam um bom livro, assistam um bom filme, saiam bastante, isso é muito importante.

Boas Férias!!!

Atenciosamente,

Prof.JR

segunda-feira, 20 de junho de 2011

LICEU DE CAMOCIM, PROPORCIONA AOS SEUS ALUNOS UMA APRENDIZAGEM INOVADORA

O Liceu de Camocim Dep. Murilo Aguiar em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Camocim e sob a orientação do professor de Língua Portuguesa, Edivaldo Araújo Júnior, em consonância com o projeto “Viajando através da Literatura”, realizaram nos dias 18 e 19 de junho, aula de campo no município de Quixadá/CE, com a participação de vinte alunos de nossa escola.

O objetivo principal dessa aula foi aprimorar o conhecimento de nossos alunos sobre um dos maiores ícones da literatura brasileira: Rachel de Queiroz. Conhecer um pouco mais sobre a sua vida, sua trajetória como escritora e o ambiente onde aconteceu a obra literária “O QUINZE”.

Visitar Quixadá e sua cultura nos oportunizou a visualização da caatinga do sertão cearense e o real motivo da fuga da família nordestina em busca da sobrevivência causada pelas condições climáticas. Portanto nada mais adequado do que conhecermos como viveu Rachel, onde morava, seus hábitos pois, somente assim entendemos todo o ensejo de sua magnífica obra, vendo e sentindo a magia do sertão que foi sua fonte de inspiração. Assim como conhecer o Centro Cultural e Memorial de Rachel de Queiroz, Santuário da Rainha do Sertão e o Açude do Cedro que nos proporcionou a ampliação cultural no que diz respeito a essa bela região.

Para este momento tão importante no processo de construção do conhecimento de nossos alunos, contamos com a participação efetiva de nosso Diretor Escolar Clairton Lourenço Santos e de nossa Coordenadora do Eixo Curricular Jakcilene Pessoa do Nascimento. Agradeço o apoio e a participação do Núcleo Gestor.

Agradecer a Rachel de Queiroz, pela riquíssima herança literária que nos deixou, contribuindo de forma brilhante para nossa literatura brasileira, nos orgulhando, não só como mulher, escritora e professora, mas também por representar tão bem a cultura Cearense mundo afora.

Estendendo o agradecimento à todos que contribuíram para esta grande realização, ao Liceu de Quixadá que nos recebeu tão bem e aos nossos queridos alunos pela excelente participação e compromisso.

Mostrar a importância da literatura como tarefa essencial na conquista da cidadania plena, fazendo com que os alunos incorporem valores, conceitos e atitudes em seu cotidiano escolar e extra-escolar faz parte da nossa meta de ensino.

Atenciosamente,

Prof.Jr


domingo, 12 de junho de 2011

I NOITE LITERÁRIA DO LICEU DE CAMOCIM

O Liceu de Camocim Dep. Murilo Aguiar, no dia “Nacional da Língua Portuguesa”, sob a orientação do professor “Edivaldo Araújo Júnior”, realizou nas dependências da própria escola a “I Noite Literária do Liceu de Camocim”.

As atividades integram o Projeto "Viajando através da Literatura”, que vem sendo desenvolvido no ano letivo de 2011, com a perspectiva de incentivar o intercâmbio entre os diversos segmentos da Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, através da leitura e da produção textual, proporcionando a realização de atividades interdisciplinares no ambiente escolar.

Na oportunidade estiveram presentes o Diretor Clairton Lourenço Santos, a Professora Regente do Centro de Multimeios, Maria dos Navegantes de Paulo, Pais de Alunos, Amigos da Escola e Alunos.

Programação Literária:

Dia 10/06/2011

18h30min – Abertura da I Noite Literária do Liceu de Camocim Dep.Murilo Aguiar.

19h10min – Apresentação do Romance Indianista “Iracema” de José de Alencar”.

19h40min – Fala da Professora Regente do Centro de Multimeios.

19h50min - Apresentação do Romance Regionalista “O Quinze de Rachel de Queiroz”.

20h40min – Fala do Diretor da Escola e do Professor Orientador da I Noite Literária


Entusiasmo, dedicação e irreverência foram as marcas das obras literárias apresentadas pelos alunos.

Prof.JR

terça-feira, 31 de maio de 2011

VIVENCIANDO A LITERATURA - "O QUINZE"

Apresentação

A Obra literária “O Quinze” de Rachel de Queiroz, retrata a seca de 1915 em Quixadá/CE, a mesma ocorreu em sua infância , deixando a autora com a sensibilidade à flor da pele. Percebe-se uma narrativa e dois momentos.

Primeiramente, a seca atinge o vaqueiro Chico Bento e sua família. Também, maltrata Vicente, grande proprietário e criador de gado. Em seguida, temos a relação de afeto e carinho que envolve Vicente, rapaz rude, mas puro de coração e Conceição, moça cheia de dotes e de cultura, da capital. O Quinze é um romance que denuncia o grave problema que aflige as pessoas: a seca. Esta é o grande entrave da natureza. As pessoas se sentem impotentes diante da vida. Para eles, viver passa a ser um desafio diário. Todos são heróis a combater o mesmo inimigo. Proprietários e trabalhadores tornam-se iguais. A seca os iguala. E os une na busca por melhores dias. Que os céus acabem com esses desolados momentos é o sonho de cada um, crianças e adultos, pobres e ricos.

Objetivos

* Analisar a obra literária “O Quinze”de Rachel de Queiroz, em sua plenitude, através de seus aspectos literário e histórico estabelecendo relações entre fontes históricas e aspectos apontados pela escritora levando os discentes a refletir sobre todo o contexto literário.


* Mostrar a importância da literatura como tarefa essencial na conquista da cidadania plena, fazendo com que os alunos incorporem valores, conceitos e atitudes em seu cotidiano escolar e extra-escolar.

* Conscientizar e reconhecer a importância do Nordeste e do homem da terra na obra de Rachel de Queiroz, despertando nos discentes encantamento e apreciação na contramão do preconceito e da discriminação.

domingo, 3 de abril de 2011

Vivenciando as "Artes Sacras" em sua plenitude!

Com o intuito de aprimorar o conhecimento dos alunos, no dia 01.04.2011, a Escola Liceu de Camocim Deputado Murilo Aguiar, sobre a orientação do professor de língua portuguesa, Edivaldo Júnior, proporcionou aos alunos do 2º Ano C, uma aula diferenciada no Museu Dom José Tupinambá da Frota, localizado na cidade de sobral. Na oportunidade foi enfatizado aos alunos, a “Escola Literária Barroca”, precisamente as diferenças e semelhanças existentes entre as diversas “Artes Religiosas” e “Artes Sacras”, que compõem o acervo do museu. A aula foi gratificante, pois foi colocado em prática a parte teórica, sob os aspectos que são significativos para a construção do saber, do conhecer e do desenvolver dos alunos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Arte Sacra: Imaginária

Dentre as formas de arte desenvolvidas no Brasil durante o período colonial, a estatuária sacra ocupa um lugar de destaque, sendo amplamente produzida em quase todos os territórios habitados do país entre os séculos XVI e XVIII. O Museu de Arte Sacra possui exemplares da imaginária de todo esse período, com especial ênfase na estatuária paulista, e com obras representativas de outros centros de produção, especialmente Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e "Ceará". A estatuária estrangeira está representada em peças avulsas, destacando-se um conjunto de obras de Portugal e um belo par de serafins napolitanos de inspiração rococó.

Arte religiosa ou arte sacra?

Deve-se distinguir entre "arte religiosa e arte sacra". A diferença está fundada não tanto nos caracteres intrínsecos de ambos e na inspiração de cada uma, mas no destino da obra artística. Existem obras de profunda inspiração religiosa e que, não obstante isto, não são destinadas ao culto, e portanto, não devem ser consideradas propriamente como sendo "arte sacra".
Em geral, pode-se dizer que é arte religiosa aquela que reflete a vida religiosa do artista. A virtude da religião tende a produzir no homem uma atitude substancialmente interna, de submissão, adoração, de fé e esperança e, sobretudo, de amor a Deus. A arte religiosa deve ter esta mesma finalidade e para que isso ocorra é necessário que a arte - conservando o característica intrínseca - se subordine ao fim da religião.
A "arte sacra" é aquela arte religiosa que tem um destino de liturgia, isto é, aquela que se ordena a fomentar a vida litúrgica nos fiéis e que por isso não só deve conduzir a uma atitude religiosa genérica, mas há de ser apta a desencadear a atitude religiosa exigida pela Liturgia, quer dizer para o culto divino.

Padre Antônio Vieira

O Padre Antônio Vieira foi um grande e produtivo escritor do barroco em língua portuguesa. Escreveu 200 sermões - entre os quais pode-se destacar o "Sermão da Sexagésima" -, cerca de 500 cartas e profecias que reuniu no livro "Chave dos Profetas", que nunca acabou. A família Vieira veio para o Brasil e fixou residência em Salvador, na Bahia, quando Antonio tinha seis anos. Seu pai era funcionário do império português. Aos 15 anos, ingressou na Companhia de Jesus.
Formou-se noviço em 1626, e além de teologia estudou lógica, física, metafísica, matemática e economia. Lecionou humanidades e retórica em Olinda e em 1634 foi ordenado sacerdote, na Bahia.
Aos 33 anos, voltou a Portugal com uma comissão de apoio ao novo rei Dom João 4o. Nessa época Portugal passava pela guerra da Restauração da Coroa contra a Espanha. Existiam ainda conflitos contra a Holanda, França e Inglaterra.
Em 1643, Vieria foi designado pelo rei Dom João 4o para negociar a reconquista das colônias. Suas propostas eram conciliar Portugal e Holanda, entregando a província de Pernambuco aos holandeses a título de indenização; reunir em Portugal os cristãos-novos, isto é, os judeus que estavam espalhados pela Europa, e protegê-los da inquisição. Em troca os judeus investiriam nos empreendimentos do Império Português.
Consideradas absurdas, suas idéias foram rejeitadas e Vieira retornou ao Brasil estabelecendo-se ao norte do Maranhão. Os dois primeiros volumes dos "Sermões" foram publicados em Madri em 1644, mas a edição estava tão ruim que Vieira não a reconheceu como legítima.
Em 1661, Padre Vieira foi obrigado a deixar o Maranhão, pressionado pelos senhores de escravos que não concordavam com suas posições contrárias à escravidão indígena. Voltou para Lisboa onde foi condenado pela inquisição em virtude de seus manuscritos "heréticos": "Quinto Império"; "História do Futuro" e "Chave dos Profetas". De 1665 a 1667 ficou preso em Coimbra.
Em 1669 foi anistiado e seguiu para Roma onde ficou até 1676 sob a proteção da Rainha Cristina da Suécia. Dez anos depois foi publicado oficialmente o primeiro volume dos "Sermões", em Lisboa. Em 1681 voltou ao Brasil onde passou a dedicar-se à literatura. Padre Antonio Vieira morreu aos 89 anos, na Bahia.

Gregório de Matos

Gregório de Matos (1636-1696) é o maior nome da poesia barroca brasileira. Não teve nenhum livro publicado em vida. Depois de sua morte, os manuscritos encontrados foram sendo publicados em diferentes coletâneas, sem nenhum rigor crítico. O que chamamos de obra poética de Gregório de Matos é, na verdade, fruto de pesquisas nessas coletâneas, o que ainda deixa dúvida sobre a autenticidade de muitos textos que lhe são atribuídos.

O Barroco no Brasil

O barroco, no Brasil, foi introduzido no início do século XVII pelos missionários católicos, especialmente jesuítas que trouxeram o novo estilo como instrumento de doutrinação cristã. O poema épico Prosopopéia (1601), de Bento Teixeira, é um dos seus marcos iniciais. Atingiu o seu apogeu na literatura com o poeta Gregório de Matos e com o orador sacro Padre Antônio Vieira , e nas artes plásticas seus maiores expoentes foram Aleijadinho , na escultura, e Mestre Ataíde, na pintura. No campo da arquitetura esta escola floresceu notavelmente no Nordeste, mas com grandes exemplos também no centro do país, em Minas Gerais , Goias e Rio de Janeiro. Na música, ao contrário das outras artes, sobrevivem poucos mas belos documentos do barroco tardio. Com o desenvolvimento do neoclassicismo a partir das primeiras décadas do século XIX a tradição barroca, que teve uma trajetória de enorme vigor no Brasil e foi considerada o estilo nacional por excelência, caiu progressivamente em desuso, mas traços dela seriam encontrados em diversas modalidades de arte até os primeiros anos do século XX.

domingo, 20 de março de 2011

O injustiçado

O funcionário público Policarpo Quaresma, nacionalista e patriota extremado, é conhecido por todos como major Quaresma, no Arsenal de Guerra, onde exerce a função de subsecretário. Seu fanatismo patriótico se reflete nos autores nacionais de sua vasta biblioteca e no modo de ver o Brasil.

Esse patriotismo leva-o a valorizar o violão, instrumento marginalizado na época, visto como sinônimo de malandragem. Atribuindo-lhe valores nacionais, decide aprender a tocá-lo com o professor Ricardo Coração dos Outros. Em busca de modinhas do folclore brasileiro, para a festa do general Albernaz, seu vizinho, lê tudo sobre o assunto, descobrindo, com grande decepção, que um bom número de nossas tradições e canções vinha do estrangeiro. Sem desanimar, decide estudar algo tipicamente nacional: os costumes tupinambás. Alguns dias depois, o compadre, Vicente Coleoni, e a afilhada, Dona Olga, são recebidos no melhor estilo Tupinambá: com choros, berros e descabelamentos. Abandonando o violão, o major volta-se para o maracá e a inúbia, instrumentos indígenas tipicamente nacionais.

Ainda nessa esteira nacionalista, propõe, em documento enviado ao Congresso Nacional, a substituição do português pelo tupi-guarani, a verdadeira língua do Brasil. Por isso, torna-se objeto de ridicularizarão, escárnio e ironia. Um ofício em tupi, enviado ao Ministro da Guerra, por engano, levá-o à suspensão e como suas manias sugerem um claro desvio comportamental, é aposentado por invalidez, depois de passar alguns meses no hospício.

Após recuperar-se da insanidade, Quaresma deixa a casa de saúde e compra o Sossego, um sítio no interior do Rio de Janeiro, está decidido a trabalhar na terra. Com Adelaide e o preto Anastácio, muda-se para o campo. A idéia de tirar da fértil terra brasileira seu sustento e felicidade anima-o. Adquire vários instrumentos e livros sobre agricultura e logo aprende a manejar a enxada. Orgulhoso da terra brasileira que, de tão boa, dispensa adubos, recebe a visita de Ricardo Coração dos Outros e da afilhada Olga, que não vê todo o progresso no campo, alardeado pelo padrinho. Nota, sim, muita pobreza e desânimo naquela gente simples.

Depois de algum tempo, o projeto agrícola de Quaresma cai por terra, derrotado por três inimigos terríveis. Primeiro, o clientelismo hipócrita dos políticos. Como Policarpo não quis compactuar com uma fraude da política local, passa a ser multado indevidamente.O segundo, foi a deficiente estrutura agrária brasileira que lhe impede de vender uma boa safra, sem tomar prejuízo. O terceiro, foi a voracidade dos imbatíveis exércitos de saúvas, que, ferozmente, devoravam sua lavoura e reservas de milho e feijão. Desanimado, estende sua dor à pobre população rural, lamentando o abandono de terras improdutivas e a falta de solidariedade do governo, protetor dos grandes latifundiários do café. Para ele, era necessária uma nova administração.

A Revolta da Armada - insurreição dos marinheiros da esquadra contra o continuísmo florianista - faz com que Quaresma abandone a batalha campestre e, como bom patriota, siga para o Rio de Janeiro. Alistando-se na frente de combate em defesa do Marechal Floriano, torna-se comandante de um destacamento, onde estuda artilharia, balística, mecânica.

Durante a visita de Floriano Peixoto ao quartel, que já o conhecia do arsenal, Policarpo fica sabendo que o marechal havia lido seu "projeto agrícola" para a nação. Diante do entusiasmo e observações oníricas do comandante, o Presidente simplesmente responde: "Você Quaresma é um visionário".

Após quatro meses de revolta, a Armada ainda resiste bravamente. Diante da indiferença de Floriano para com seu "projeto", Quaresma questiona-se se vale a pena deixar o sossego de casa e se arriscar, ou até morrer nas trincheiras por esse homem. Mas continua lutando e acaba ferido. Enquanto isso, sozinha, a irmã Adelaide pouco pode fazer pelo sítio do Sossego, que já demonstra sinais de completo abandono. Em uma carta à Adelaide, descreve-lhe as batalhas e fala de seu ferimento. Contudo, Quaresma se restabelece e, ao fim da revolta, que dura sete meses, é designado carcereiro da Ilha das Enxadas, prisão dos marinheiros insurgentes.

Uma madrugada é visitado por um emissário do governo que, aleatoriamente, escolhe doze prisioneiros que são levados pela escolta para fuzilamento. Indignado, escreve a Floriano, denunciando esse tipo de atrocidade cometida pelo governo. Acaba sendo preso como traidor e conduzido à Ilha das Cobras. Apesar de tanto empenho e fidelidade, Quaresma é condenado à morte. Preocupado com sua situação, Ricardo busca auxílio nas repartições e com amigos do próprio Quaresma, que nada fazem, pois temem por seus empregos. Mesmo contrariando a vontade e ambição do marido, sua afilhada, Olga, tenta ajudá-lo, buscando o apoio de Floriano, mas nada consegue. A morte será o triste fim de Policarpo Quaresma.

Quem foi "LIMA BARRETO"?

Afonso Henriques de Lima Barreto era mestiço, filho de um tipógrafo e de uma professora , que morreu quando ele tinha apenas sete anos. Estudou no Colégio Pedro 2o e depois cursou engenharia na Escola Politécnica. Ainda estudante, começou a publicar seus textos em pequenos jornais e revistas estudantis.
Com o agravamento do estado de saúde de seu pai, que sofria de problemas mentais, abandonou a faculdade e passou a trabalhar na Secretaria de Guerra, ocupando um cargo burocrático. Grande cronista de costumes do Rio de Janeiro, Lima Barreto passou a colaborar para diversas revistas literárias, como "Careta", "Fon-Fon" e "O Malho".
Seu primeiro romance, "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", foi parcialmente publicado em 1907, na Revista Floreal, que ele mesmo havia fundado. Dois anos depois, o romance foi editado pela Livraria Clássica Editora. Em 1911, Lima Barreto publicou um de seus melhores romances, "Triste Fim de Policarpo Quaresma", e em 1915, a sátira política "Numa e a Ninfa".
Lima Barreto militou na imprensa, durante este período, lutando contra as injustiças sociais e os preconceitos de raça, de que ele próprio era vítima. Em 1914 passou dois meses internado no Hospício Nacional, para tratamento do alcoolismo. Neste mesmo ano foi aposentado do serviço público por um decreto presidencial.
Em 1919 o escritor foi internado novamente num sanatório. As experiências deste período foram narradas pelo próprio Lima Barreto no livro "Cemitério dos Vivos". Nesse mesmo ano publicou a sátira "Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá", inspirada no Barão do Rio Branco, e ambientada no Rio de Janeiro.
Lima Barreto candidatou-se em duas ocasiões à Academia Brasileira de Letras. Não obteve a vaga, mas chegou a receber uma menção honrosa. Em 1922 o estado de saúde de Lima Barreto deteriorou-se rapidamente, culminando com um ataque cardíaco. O escritor morreu aos 41 anos, deixando uma obra de dezessete volumes, entre contos, crônicas e ensaios, além de crítica literária, memórias e uma vasta correspondência. Grande parte de seus escritos foi publicada postumamente.

A Terra, O Homem e A Luta!

Essa obra literária é dividida em três partes: A Terra, O Homem e A Luta. A Terra é uma descrição detalhada feita pelo cientista Euclides da Cunha, mostrando todas as características do lugar, o clima, as secas, a terra, enfim. O Homem é uma descrição feita pelo sociólogo e antropólogo Euclides da Cunha, que mostra o habitante do lugar, sua relação com o meio, sua gênese etnológica, seu comportamento, crença e costume; mas depois se fixa na figura de Antônio Conselheiro, o líder de Canudos. Apresenta se caráter, seu passado e relatos de como era a vida e os costumes de Canudos, como relatados por visitantes e habitantes capturados.

Estas duas partes são essencialmente descritivas, pois na verdade "armam o palco" e "introduzem os personagens" para a verdadeira história, a Guerra de Canudos, relatada na terceira parte, A Luta. A Luta é uma descrição feita pelo jornalista e ser humano Euclides da Cunha, relatando as quatro expedições a Canudos, criando o retrato real só possível pela testemunha ocular da fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra.

Retratando minuciosamente movimento de tropas, o autor constantemente se prende à individualidade das ações e mostra casos isolados marcantes que demonstram bem o absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo - Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não entregue - escalou para um conflito onde havia paranóia nacional pois suspeitava-se que os "monarquistas" de Canudos, liderados pelo "famigerado e bárbaro Bom Jesus Conselheiro" tinham apoio externo. No final, foi apenas um massacre violento onde estavam todos errados e o lado mais fraco resistiu até o fim com seus derradeiros defensores - um velho, dois adultos e uma criança.

O órfão

Nasceu em Cantagalo, município do Rio de Janeiro, em 20 de janeiro de 1866. Órfão, foi criado por tias na Bahia, onde fez os primeiros estudos. Mais tarde, matricula-se na Escola Politécnica do Rio, transferindo-se depois para a Escola Militar. Positivista e republicano, desacata o então Ministro da Guerra, sendo expulso do estabelecimento em 1888. No ano seguinte, após a proclamação da República, reingressa na Escola Superior de Guerra, formando-se em Engenharia Militar e Ciências Naturais. Em 1896, discordando dos rumos tomados pela República, desliga-se definitivamente do exército. Em 1897, abandona o Rio de Janeiro, fixando-se em São Paulo. Como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, é enviado a Canudos, na Bahia, para cobrir a revolta que lá explodira; de volta a São Paulo, desliga-se do jornal. Em seguida, é chamado para planejar a construção de uma nova ponte em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo. Nessa época, redige Os sertões, publicado em 1902.
Em 1903 é eleito membro do Instituto Histórico e Geográfico e da Academia Brasileira de Letras. Entre 1905 e 1906, designado para tratar de problemas de fronteira no norte do país, estuda profundamente Amazônia. Retornando ao Rio de Janeiro, é nomeado professor de Lógica no Colégio Pedro II. É assassinado no Rio de Janeiro, no dia 15 de agosto de 1909.

O PRÉ-MODERNISMO

O Pré-Modernismo deve ser situado nas duas décadas iniciais deste século, até 1922, quando foi realizada a Semana da Arte Moderna. Serviu de ponte para unir os conceitos prevalecentes do Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo. Esse movimento literário, também ficou conhecido como período sincrético. Os autores embora tivessem cultivado formalismos e estilismos, não deixaram de mostrar inconformismo perante suas próprias consciências dos aspectos políticos e sociais, incorporando seus próprios conceitos que abriram o caminho para o Modernismo.

Essa foi uma fase de uma grande transição que nos deixou grandes jóias como, Os Sertões de Euclides da Cunha e Triste Fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto.

O que se convencionou em chamar de Pré-Modernismo, no Brasil, não constitui uma escola literária, ou seja, não temos um grupo de autores afinados em torno de um mesmo ideário, seguindo determinadas características. Na realidade, Pré-Modernismo é um termo genérico que designa toda uma vasta produção literária que caracterizaria os primeiros vinte anos deste século. Aí vamos encontrar as mais variadas tendências e estilos literários, desde os poetas parnasianos e simbolistas, que continuavam a produzir, até os escritores que começavam a desenvolver um novo regionalismo, outros preocupados com uma literatura política e outros, ainda, com propostas realmente inovadoras.

Por apresentarem uma obra significativa para uma nova interpretação de realidade brasileira, bem como pelo valor estilístico, limitarei o Pré-Modernismo ao estudo de Euclides da Cunha e Lima Barreto.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

CRÔNICA: A FONTE LUMINOSA

Não me lembro de um fato que me tenha causado maior agitação, quando crianças, que a inauguração da tão falada, na época, "Fonte Luminosa". Só o nome causava, não só em mim, mas a toda meninada, bem como, no populacho geral, um certo quê de ministério e fantasia. Os comentários eram levados boca a boca, e ficávamos a imaginar um turbilhão de formas, cada qual a sua maneira. Até que enfim chegou o tão esperado dia, e lá estava com minha mãe, juntamente com meus irmãos, e acredito quase toda a cidade, pois a Praça da Estação estava repleta. Regurgiava na referida praça uma enorme e diversificada multidão: Adultos, Jovens, mães com seus filhos, moças, rapazes, enfim, todos com o mesmo objetivo, ou seja: assistir à inauguração da já famosa "Fonte Lumisosa", que estava marcada para logo após a chegada do trem.Era grande pois a expectativa, e a praça, com o avanço da hora, ia enchendo-se cada vez mais, tanto pelas pessoas que comumente ali estavam para a chegada do trem, e nesta tarde também para a inauguração, juntando-se aos vendedores de balas, pipocas, pirulitos, cigarros, doces, brinquedos de madeir ( na época plástico era coisa rara) e demais quinquilharias próprias a tais ocasiões. O ruge-ruge aumentava com o passar das horas, e por falar em hora, não é que o danado do trem logo naquele dia resolveu atrasar, pois já passavam 15 minutos das 17:30h,horário da sua chegada habitual, e nada. Tal fato só servia para aumentar a expectativa geral. E lá estava ela, a tal fonte, incrustada bem na frente do majestoso prédio da estação, a uns cinco metros da calçada da mesma, constituindo-se de uma rola (círculo), comum a roda maior em seu interior e a maior (roda) era inundada de água e bem no centro do círculo (como se fosse uma ilha). Havia uma espécie de jardim, com pedras e plantase. Na parte aquática nadavam peixes de variadas especies, dois peixes-boi, aruanã,cágado, variados, vários tipos de marrecos e patos, além de cinco majestosos cisnes. Enquanto que na ilha (roda central) ficavam animais de hábitos terrestre, como: garças, seriemas ( aves da família dos pernaltas, que, tem por sinal é longa e fina), preás, coelhos, capivaras e para o colírio dos olhos principalmente da molecada, um filhote de jacaré. Toda a estrututa da obra era cercada externamente por um forte e alto alambrado que servia de proteção. O puro e simples visual da fonte já deixava a todos embevecidos, extasiados . Uns afirmavam que nem na capital existia uma igual; outros diziam que era coisa das Europa- um modelo francês;o certo é que a respeito do disse-me-disse, num ponto todos concordavam: era uma bela construção (obra), Agora só faltava inaugurar, para saciar o desejo do povo que ansiosamente aguardava. Faltavam 10 minutos para as 18:00h, quando se ouviu o toque de um sino, la para as bandas do salgadinho. Logo em seguida soou um saudoso êplangente apito. Era o trem que estava chegando, e como sempre ao chegar, o velho roubava qualquer espetáculo, e não foi diferente desta vez. todos ( ou pelo menos a maioria) esquecendo momentaniamente a "FONTE "correram, adentrando a estação para esperá-lo, e ele (o trem) chegou- rangendo, bufando, apitando,fazendo seu habitual estardalhaço, o que por nós, camocinenses, sempre soava como uma verdadeira sinfonia. Após a chegada, abraço, saudações, carregos e descarregos etc.

O povão satisfeito por assistir a mais uma chegada do trem (sempre motivo de animação) ocorre novamente á praça da estação para o desfecho final desta tarde histórica e alegre. A comitiva de autoridades, liderada pelo então prefeito já falecido Setembrino Veras - que não era homem de muitas delongas - foi logo autorizando o procedimento inaugural. Á ordem dada, tarefa executada! O operador entrou na casa de força ( motores) e ato contínuo acionou as bombas. Eram 18:25h. Deus todo poderoso!! Uh! Nossa! Viva! Virgem Santíssima!! A maravilha das maravilhas!!. Jato d'água' impulsionados pelas motos-bombas emergiram de inúmeros locais cobrindo totalmente a grande circunferência. Milhares de Gotículas multicores(amarelo, laranja, vermelho, verde, lilás, azul) devido aos holofotes internos, formavam um enleiode prismas que dançavam loucamente, ora vermelho rubi, verde esmeralda, amarelo ouro, azul turqueza. Um verdadeiro arco-iris de brilho e explendor. Lindo! Lindo! Hip! Urra!... A multidão delira e aplaude, hipnotizada por tão esfuziante espetáculo de beleza... Estava inaugurada a Fonte Luminosa. Infelizmente, com o passar do tempo, nossa querida " Fonte Luminosa" começou a sofrer o inevitável descaso das autoridades, a exemplo do movimentado porto, a estrada de ferro ( trem) e de tantas outras boas causas que um dia tivemos. Os motores pifaram. Ajeita hoje! Ajeita amanhã! Vem peças da Capital! Nunca mais foram recuperados. Restou apenas a fonte ( não mais luminosa. Sobraram animais... Mas com o passar dos anos ( outras administrações), a velha fonte caiu no ostracismo do esquecimento. Os animais foram aos poucos morrendo ou sendo roubados. A ferrugem correu as estruturas metálicas. A maresia destruiu a beleza arquitetônica e por fim, o progresso - em forma de trator - a varreu do mapa definitivamente para a construção de uma praça.

Autores:
Carlos Augusto, Inácio Santos, Avelar Santos, Arthur Queiroz, R.B.Sotero,Francisco Valmir Rocha


UM CRONISTA DE MÃO CHEIA

Fernando Tavares Sabino (Belo Horizonte, 12 de outubro de 1923 — Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2004) foi um escritor e jornalista brasileiro.
Durante a adolescência, foi locutor de programa de rádio Pila No Ar e começou a colaborar regularmente com artigos, crônicas e contos em revistas da cidade, conquistando prêmios em concursos.
No início da década de 1940, começou a cursar a Faculdade de Direito e ingressou no jornalismo como redator da Folha de Minas. O primeiro livro de contos, Os grilos não cantam mais, foi publicado em 1941, no Rio de Janeiro quando o autor tinha apenas dezoito anos, e sendo que alguns contos do livro foram escritos quando Fernando Sabino tinha apenas quatorze anos.
Tornou-se colaborador regular do jornal Correio da Manhã, onde conheceu Vinicius de Moraes, de quem se tornou amigo.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1944. Depois de se formar em Direito na Faculdade Federal do Rio de Janeiro em 1946, viajou com Vinicius de Moraes aos Estados Unidos da América, onde morou por dois anos em Nova Iorque com sua primeira esposa Helena Sabino e a primogenita Eliana Sabino.
O encontro marcado, uma de suas obras mais conhecidas, foi lançada em 1956, ganhando edições até no exterior, além de ser adaptada para o teatro. Sabino decidiu, então (1957), viver exclusivamente como escritor e jornalista. Iniciou uma produção diária de crônicas para o Jornal do Brasil, escrevendo mensalmente também para a revista Senhor.
Em 1960, Fernando Sabino publicou o livro O homem nu, pela Editora do Autor, fundada por ele, Rubem Braga e Walter Acosta. Publicou, em 1962, A mulher do vizinho, que recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia, do Pen Club do Brasil.
Em 1966, fez a cobertura da Copa do Mundo de Futebol para o Jornal do Brasil. Fundou, em 1967, em conjunto com Rubem Braga, a Editora Sabiá, onde publicou livros de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Clarice Lispector, entre outros.
Publicou O grande mentecapto em 1979, iniciado mais de trinta anos antes. A obra, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, e acabaria sendo adaptada para o cinema, com direção de Oswaldo Caldeira, em 1989, e também para o teatro. Em julho de 1999, recebeu da Academia Brasileira de Letras o prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra.
Faleceu em sua casa em Ipanema (zona sul no Rio de Janeiro), vítima de T.A.F no fígado, às vésperas do 81º aniversário. A pedido, o epitáfio é o seguinte: "Aqui jazz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino!"

A ÚLTIMA CRÔNICA


(...) A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

MISSÃO DADA É MISSÃO CUMPRIDA!!!

Neste início de ano letivo devemos nos perguntar o que realmente nos interessa.

O que viemos buscar nessa nova oportunidade de troca de conhecimentos que teremos com uma nova turma ou até mesmo, com a velha turma, que de certa forma nos faz repensar em questões que erramos e também acertamos na busca pelo nosso melhor.

É com esse conceito que devemos começar esse ano letivo.

Com a verdadeira vontade de busca, pelo conhecimento... Encarando os desafios que surgirem pela frente, com determinação e sabedoria para superá-los e fazer deles um instrumento de aprendizado.

Afinal, a vida é uma grande escola. E o conhecimento está ao nosso redor, basta abrirmos os olhos para vermos com clareza.

Assuma a responsabilidade de sua vida e busque o seu melhor.

E vamos juntos, formar uma comunidade escolar justa e digna, assim o êxito é certeza para todos.