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domingo, 30 de maio de 2010

HIPÁLAGE NO DNA-2010

A hipálage é uma figura de linguagem que se caracteriza pelo desajustamento entre a função gramatical e a função lógica das palavras, quanto à semântica, de forma a criar uma transposição de sentidos. Uma das formas mais frequentes consiste na atribuição, a um substantivo, de uma qualidade que, em termos lógicos, pertence a outro. É um dos recursos estilísticos mais frequentes na obra de Paulo Coelho e Eça de Queirós, como em "Fumar um pensativo cigarro." Claro que quem está pensativo é o fumante, subentendido na frase. É frequente, nesta figura de estilo, que os adjetivos não se apresentem associados aos nomes a que estão ligados gramaticalmente, mas a outros, subentendidos conforme o contexto. Esta figura está intimamente ligada à alusão, à metonímia e à sinestesia e foi abundantemente utilizada no Classicismo, no Renascimento, no Barroco, mas também em movimentos historicamente mais recentes o "Realismo" de Eça de Queirós comprova-o, bem como diversos poemas de representantes do Simbolismo. Usa-se frequentemente em textos de apreciação crítica.
Questão Comentada:
Meu carro furou o pneu./ O pneu furou por outros motivos.

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