Em Portugal o
Romantismo está diretamente ligado às lutas liberais, porque os escritores românticos mais representativos deste movimento estético – Garrett e
Herculano – foram combatentes liberais. Qualquer destes escritores foi exilado
político na altura das lutas liberais, tendo vivido na França e Inglaterra. Ao
regressarem, trouxeram consigo os ideais deste novo movimento
estético-literário que introduziram em Portugal.
Assim, é o poema
Camões de Almeida Garrett, publicado em Paris em 1825, que é considerado o marco inicial do Romantismo em Portugal. Mas o Romantismo como movimento literário
firma-se só a partir de 1936, com a criação da revista Panorama, na qual se
publicaram textos românticos de importantes escritores portugueses, como
Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, João de Deus e Júlio Dinis, além de
Alexandre Herculano. É válido ressaltar que o Romantismo em Portugal durou
cerca de 40 anos terminando por volta de 1865 com a Questão Coimbrã. No entanto, é de notar que, em
1865 e depois, muitos prosadores e poetas românticos publicam ainda com grande
sucesso muitas das suas obras.
Características do Romantismo em Portugal:
1. Expressão
plena dos estados da alma, das paixões e das emoções.
2. Exaltação da
liberdade individual e social.
3. Gosto por
ambientes solitários e noturnos, considerados mais propícios às confidências e
aos desabafos sentimentais.
4. Visão da
natureza como exemplo da manifestação do poder de Deus e como refúgio acolhedor
para o homem que busca paz interior, longe das perturbações da vida em
sociedade.
5. Individualismo: O "eu" é a figura
principal; predomínio da primeira pessoa.
6. Emoção: subjetivismo, imaginação, desejos,
expressão do "eu interior".
7. Liberdade de criação:
abandono
das formas fixas dos modelos clássicos (ode, soneto, decassílabos); abandono
das rimas e valorização dos versos brancos (versos não rimados); mistura dos
gêneros; neologismos (palavras novas); aproximação da linguagem literária da
coloquial.
8. Religiosidade:
é vista como um ponto de apoio ou válvula de escape diante
das frustrações do mundo real.
9. A atração pela melancolia, pela
solidão e pela morte como solução para todos os males.
10. A sacralização do amor – O amor é um
sentimento vivido de forma absoluta, exagerada e contraditória, precisamente
por ser um ideal inatingível. A mulher ou é um ser angelical bom (mulher-anjo,
que leva à salvação), ou é um ser angelical mau (mulher-demônio, que leva à
perdição).
11. O “mal du siède” ou o “spleen” – É o
pessimismo, o cansaço doentio e melancólico, a solidão, uma espécie de
desespero de viver, resultante da posição idealista que mantém perante a vida. Por isso, o romântico é sempre um ser incompreendido que cultiva o sofrimento e a solidão.
As Fases do Romantismo em
Portugal:
Em Portugal
sucederam-se três gerações de poetas e prosadores românticos, cada qual com as suas
características.
A
primeira geração (1825 -1840) - caracterizada por autores que começaram ainda
presos a certos princípios neoclássicos, mas que foram responsáveis pela
consolidação do novo estilo, destacam-se:
01.
Almeida Garrett
João Baptista da Silva Leitão, que mais tarde chamado de Visconde de Almeida Garrett (Porto, 4 de Fevereiro de 1799 - Lisboa, 9 de Dezembro de 1854) foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do Reino, ministro e secretário de Estado honorário português.
João Baptista da Silva Leitão, que mais tarde chamado de Visconde de Almeida Garrett (Porto, 4 de Fevereiro de 1799 - Lisboa, 9 de Dezembro de 1854) foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do Reino, ministro e secretário de Estado honorário português.
Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das
maiores figuras do Romantismo português.
Possuía um talento flexível para
escrever, imprimindo em suas obras uma notável individualidade, elegância e
originalidade.
Embora tenha se dedicado a vários
gêneros literários, foi na poesia e no teatro que mais ganhou destaque. Suas
obras “Camões” e “Frei Luis de Sousa” ganharam grande importância no mundo
literário.
Até os dias atuais é um dos escritores,
do século XIX, mais lidos em Portugal. Influenciou as gerações futuras da literatura portuguesa.
Principais
obras de Almeida Garrett:
- Camões (1825)
- Dona Branca (1826)
- Adozinda (1828)
- Catão (1828)
- Romanceiro (1843)
- Cancioneiro Geral (1843)
- Frei Luis de Sousa (1844)
- Flores sem Fruto (1844)
- D’o Arco de Santana (1845)
- Folhas Caídas (1853)
- Camões (1825)
- Dona Branca (1826)
- Adozinda (1828)
- Catão (1828)
- Romanceiro (1843)
- Cancioneiro Geral (1843)
- Frei Luis de Sousa (1844)
- Flores sem Fruto (1844)
- D’o Arco de Santana (1845)
- Folhas Caídas (1853)
02. Alexandre Herculano
Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (Lisboa, 28 de Março de 1810 — Santarém, 13 de Setembro de 1877) escritor da era do Romantismo, historiador, jornalista, e poeta português.
Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (Lisboa, 28 de Março de 1810 — Santarém, 13 de Setembro de 1877) escritor da era do Romantismo, historiador, jornalista, e poeta português.
Um dos
principais expoentes do romantismo português, além de romancista, tem uma vasta atuação como historiador, jornalista e poeta.
Basta lembrar, entre suas pesquisas, as publicações História de Portugal,
História da origem e estabelecimento da Inquisição em Portugal e Portugalia
e Monumenta Historica, uma coleção de documentos valiosos recolhidos de
cartórios conventuais do país.
O ponto mais
forte de Herculano, justamente por essa formação, é a narrativa histórica. Sua
prosa traz elementos mistos do historiador, manifestado na detalhada
reconstituição de ambientes e costumes do passado, com a do escritor capaz de
criar e desenvolver narrativas.
A Principal obra
de Alexandre Herculano
Publicado em
1844, “Eurico, o presbítero” é
um romance histórico. A obra enfoca o fim do reino
visigodo formado na região que hoje engloba Espanha e Portugal, com a chegada
vitoriosa dos muçulmanos. Nesse contexto, relacionam-se os protagonistas,
Eurico e Hermengarda.
O guerreiro
Eurico, de origem humilde, após conquistas nos campos de batalha, pede ao Duque
da Cantábria a mão de sua filha Hermengarda. O nobre recusa, e o jovem,
desiludido, volta-se para a vida religiosa. Torna-se, assim, presbítero, na
esperança que a vida litúrgica e a composição de poemas e hinos que tratam de
temas sagrados o façam esquecer seu grande amor.
Tudo muda quando
os árabes
invadem a Península Ibérica. Eurico transforma-se num emblemático
Cavaleiro Negro. Logo ganha destaque pela bravura, animando os visigodos a
enfrentar os invasores. A situação se complica, porém, quando os árabes dominam
o Mosteiro da Virgem Dolorosa e raptam Hermengarda.
O heroico Cavaleiro
a salva e impede que ela seja violentada. Quando a heroína declara o seu amor,
Eurico diz que nada pode ter com ela devido aos seus votos religiosos e revela
a sua dupla identidade. A moça enlouquece e o soldado parte para o campo de
batalha numa luta onde certamente perderá a vida, num final romântico em que a
desconexão deste mundo chamado real é o único ponto de conexão possível para um
amor infeliz.
As principais Obras de Alexandre
Herculano:
- A Harpa do Crente – 1838
- Poesias – 1850
- O Fronteiro de África ou três noites aziagas,
Drama histórico português em 3 atos.
Representou-se
em Lisboa, em 1838, no teatro do Salitre.
Foi
editado no Rio de Janeiro em 1862.
- Os Infantes em Ceuta – 1842
- O Pároco de Aldeia – 1825
- O Bobo – 1843
- O Monasticon
- O Monge
de Cister; Época de D. João I - 1848
A segunda
geração (Ultra-Romantismo / 1840 – 1860) – contou com
escritores que atingiram o pleno domínio das propostas românticas. A visão
egocêntrica do mundo, os temas medievais, o tédio, a melancolia, a atração pela
morte, a projeção de sentimentos na natureza, todas essas tendências fizeram-se
sentir intensamente durante esse
período. Além dos poemas melancólicos tidos como “mal do século” .
Os seus principais representantes
são:
01. Camilo Castelo Branco
Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (Lisboa, 16 de Março de 1825 - São Miguel de Seide, 1 de Junho de 1890).Teve uma vida atribulada que lhe serviu muitas vezes de inspiração para as suas novelas passionais(Amor de Perdição, Carlota Ângela, Amor de Salvação) Satíricas (Coração,Cabeça, Estômago/ A queda dum anjo) e de Influência realista( Eusébio Macário, A corja, A brasileira de Prazins) . Foi o primeiro escritor de língua portuguesa a viver exclusivamente dos seus escritos literários. Apesar de ter de escrever para um público, sujeitando-se assim aos ditames da moda, conseguiu ter uma escrita muito original. Camilo Castelo Branco teve uma vida atribulada, passional e impulsiva. Uma vida tipicamente romântica.
Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (Lisboa, 16 de Março de 1825 - São Miguel de Seide, 1 de Junho de 1890).Teve uma vida atribulada que lhe serviu muitas vezes de inspiração para as suas novelas passionais(Amor de Perdição, Carlota Ângela, Amor de Salvação) Satíricas (Coração,Cabeça, Estômago/ A queda dum anjo) e de Influência realista( Eusébio Macário, A corja, A brasileira de Prazins) . Foi o primeiro escritor de língua portuguesa a viver exclusivamente dos seus escritos literários. Apesar de ter de escrever para um público, sujeitando-se assim aos ditames da moda, conseguiu ter uma escrita muito original. Camilo Castelo Branco teve uma vida atribulada, passional e impulsiva. Uma vida tipicamente romântica.
A Principal obra
de Camilo Castelo Branco
Amor de
Perdição
Novela composta em 1862, por Camilo Castelo Branco,
durante o tempo em que o autor esteve preso por adultério na cadeia da Relação
do Porto. Foi baseada num episódio real da vida de um tio seu, Simão Botelho,
que lhe teria sido contado por uma tia, e cujo registro o autor teria encontrado
nos livros de assentamentos da cadeia. No entanto, a manipulação e a ficção,
por parte de Camilo, são de tal forma livres, que o converteu na novela
sentimental mais famosa do Romantismo português.
O enredo é Ultra-Romântico: os protagonistas, Simão
e Teresa, filhos de duas famílias inimigas de Viseu, os Botelhos e os
Albuquerques, apaixonam-se. A conselho de Baltasar Coutinho, primo e prometido
de Teresa, despeitado pelo ciúme, Tadeu de Albuquerque decide encerrar a filha
no convento de Monchique, no Porto. Simão espera-os à saída de Viseu, trava-se
de razões com Baltasar e mata-o a tiro, entregando-se logo à justiça. Preso na
cadeia da Relação do Porto, é condenado ao degredo. Ao embarcar para a Índia,
Simão ainda consegue avistar o vulto da sua amada, que se despede dele, já
moribunda, esgotada pela desgraça. Horas depois, Simão toma conhecimento da
morte de Teresa e morre também. A personagem mais verdadeira da novela, e que
rompe com o convencionalismo romântico, é, contudo, Mariana, uma rapariga do
povo, boa e abnegada, que, sentindo por Simão um amor absoluto e sem esperança,
serve de intermediária entre Simão e Teresa, decidindo depois acompanhá-lo no
exílio e suicidar-se após a morte dele, abraçando-se ao seu cadáver atirado ao
mar.
À narrativa passional e trágica, onde o amor, o
ódio e a vingança, nos seus múltiplos cambiantes surgem extremados, estaria
também subjacente, segundo alguns estudiosos da obra camiliana, uma intenção de
crítica social, pretendendo Camilo denunciar a obediência cega da sociedade ao
preconceito obsoleto da honra familiar.
As principais Obras de Camilo Castelo
Branco:
-
A Filha do Arcediago - 1855
- Onde
está a Felicidade? - 1856
- Vingança
- 1858
- O
Romance dum Homem Rico – 1861
- Amor
de Perdição – 1862
- Memórias
do Cárcere – 1862
- O
Bem e o Mal – 1863
-
Vinte Horas de Liteira –
1864
- A
Queda dum Anjo – 1865
- O
Retrato de Ricardina – 1868
- A
Mulher Fatal – 1870
- O
Regicida – 1874
- Novelas
do Minho - 1875-1877
- Eusébio Macário – 1879
-
A
Brasileira de Prazins, 1882.
02. Soares Passos
Antonio Augusto Soares de Passos (Porto, 27 de Novembro de 1826 – Porto, 8 de Fevereiro de 1860) foi um poeta, expoente máximo do Ultra-Romantismo em Portugal.
Antonio Augusto Soares de Passos (Porto, 27 de Novembro de 1826 – Porto, 8 de Fevereiro de 1860) foi um poeta, expoente máximo do Ultra-Romantismo em Portugal.
Nascido no seio da média burguesia
comerciante portuense, viveu largas temporadas da infância com o pai ausente,
fugido às perseguições que lhe moveram durante as guerras civis pelas suas idéias liberais, o que terá
marcado o temperamento algo soturno do jovem Antonio Augusto. Tendo aprendido francês e inglês durante a juventude, ingressou na Universidade de Coimbra, em 1849, para cursar Direito.
Em Coimbra conviveu com outros estudantes do
Porto, como Alexandre Braga, Silva Ferraz e Aires de Gouveia, com quem
fundou, em 1851,
a revista Novo Trovador. Em 1854,
já formado, regressou ao Porto e, depois de uma passagem pelo Tribunal da Relação
do Porto,
decide dedicar-se exclusivamente à literatura, colaborando ativamente nos
jornais de poesia O Bardo (1852-1854) e A Grinalda (1855-1869) e preparando a
edição em volume das suas Poesias (1856).
Para a sua celebridade contribuiu não
apenas a sua imagem de misantropo e a freqüência dos salões portuenses, como
também o bom acolhimento dos críticos, nomeadamente de Alexandre Herculano que, em carta,
considerou Soares de Passos como "o primeiro poeta lírico português deste
século" (referindo-se ao século XIX).
Sua qualidade pode ser creditada ao fato
de ter escrito com autenticidade, pois os sentimentos derramados em seu texto
são os que realmente viveu, já que foi pessoa extremamente sofrida, por vezes
dominada por uma doença que, reza a lenda, deixou-o preso por anos em seu
quarto. Isso explica a proeza de ter trabalhado muito bem com clichês que nas
mãos dos outros poetas são extremamente ridículos. Melhor exemplo disso é
"O Noivado no Sepulcro".
Seus poemas são fruto de uma angústia da sensação da
proximidade da morte precoce mesclada ao desgosto pela situação em que se
encontrava seu país. O incrível é que sabe alternar esses aspectos sombrios a
momentos de extrema confiança na mudança das condições sociais. Essas oposições
dramáticas talvez sejam a causa da visão trágica com que o poeta enxerga o
mundo. Quando parte para a religião, enfoca a tragédia de Deus castigando
todos, quando enfoca a História, mostra uma sucessão de
episódios lastimosos, quando olha o cotidiano, enxerga somente a desgraça.
Sendo um poeta muito divulgado no seu
tempo, morreu precocemente aos trinta e quatro anos, vítima da tuberculose, deixando um
livro único – Poesias (1855) – onde
confluem todas as tendências do imaginário poético seu contemporâneo.
A
terceira geração 1860 – 1870 – uma tendência à moderação, associada a uma
linguagem menos inflamada dá aos românticos dessa geração um tom mais enxuto e
verdadeiro. Diminui a dramaticidade e as personagens adquirem uma simplicidade
que as aproxima das pessoas comuns.
Desta geração destaca-se:
01. Júlio Dinis
Joaquim
Guilherme Gomes Coelho (Porto, 14 de Novembro de 1839 – Porto, 12 de Setembro de 1871) foi um
médico e escritor português. Licenciou-se em Medicina na Escola Médica do
Porto,onde também foi professor, mas foi principalmente à
literatura que dedicou a maior parte da sua curta vida. Utilizou vários
pseudônimos, sendo Júlio Dinis o
principal e o que o tornou mais conhecido. É por muitos considerado como um
escritor de transição entre o fim do Romantismo e o princípio do Realismo.
Embora tenha escrito poesia e teatro, notabilizou-se principalmente como
romancista.
A Principal obra
de Julio Dinis
As Pupilas do Senhor Reitor,
o melhor romance português do século, publicado inicialmente em 1866 em forma
de folhetim, e só no ano seguinte apareceria em livro. Seu caráter moralizador
e a religiosidade que perpassa por todo o romance, a bondade capaz de chegar a
extremos quase incríveis de sacrifício pessoal, são alguns dos ingredientes que
transformaram em muito pouco tempo o autor desconhecido em sucesso
nacional.
A calma da
cidade do interior (Ovar - Portugal) e a observação da vida simples das pessoas
da aldeia propiciaram o aparecimento desse romance que, algum tempo depois, se
tornaria um dos mais famosos em Portugal.
Os capítulos são
tipicamente folhetinescos: unidades narrativas com peripécias e final em
suspensão. É um romance está cheio de ironias bem humoradas, tornando-o, apesar
do moralismo intencional, de leitura mais agradável.
Como costuma
acontecer com escritores românticos, Júlio Dinis também vê o mundo com as
lentes do maniqueísmo. Assim, assenta sua obra em um jogo contínuo de
oposições. Entre as principais, destacam-se: A cidade - O campo / A modernidade
- A tradição / O desejo - O amor.
O romance
gira em torno da tese segundo a qual a vida simples e natural torna as pessoas
alegres e felizes. Júlio Dinis descreve o campo, os tipos humanos, os hábitos e
as idéias, desenvolvendo toda uma problemática pequeno-burguesa, com o “propósito
de pregar uma moralização de costumes pela vida rural e pela influência de um clero
convertido ao liberalismo”.
As principais Obras de Júlio Dinis:
- As Pupilas do Senhor Reitor
- 1869
- A Morgadinha dos Canaviais
-1868
- Uma Família Inglesa
- 1868
- Serões da
Província - 1870
- Os Fidalgos da Casa Mourisca - 1871
- Poesias
- 1873
- Inéditos e Dispersos -
1910
- Teatro Inédito - 1946-1947
02. João de Deus
João de Deus de Nogueira Ramos (São Bartolomeu de Messines, 8 de Março de 1830 — Lisboa, 11 de Janeiro de 1896), mais conhecido por João de Deus, foi um eminente poeta lírico e pedagogo, considerado na época o primeiro do seu tempo e o proponente de um método de ensino da leitura, presente numa Cartilha Maternal por ele escrita, que teve grande aceitação popular, sendo ainda utilizado. Gozou de extraordinária popularidade, foi quase um culto, sendo ainda em vida objeto das mais variadas homenagens. Foi considerado o poeta do amor e encontra-se sepultado no Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa. João de Deus ocupou uma posição singular e destacada. A sua poesia distinguiu-se, sobretudo, pela grande riqueza musical e rítmica.
João de Deus de Nogueira Ramos (São Bartolomeu de Messines, 8 de Março de 1830 — Lisboa, 11 de Janeiro de 1896), mais conhecido por João de Deus, foi um eminente poeta lírico e pedagogo, considerado na época o primeiro do seu tempo e o proponente de um método de ensino da leitura, presente numa Cartilha Maternal por ele escrita, que teve grande aceitação popular, sendo ainda utilizado. Gozou de extraordinária popularidade, foi quase um culto, sendo ainda em vida objeto das mais variadas homenagens. Foi considerado o poeta do amor e encontra-se sepultado no Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa. João de Deus ocupou uma posição singular e destacada. A sua poesia distinguiu-se, sobretudo, pela grande riqueza musical e rítmica.
As principais Obras de João de Deus:
- Campos de
Flores - 1893
Além das obras citadas acima, foi ainda autor de fábulas e de
obras destinadas ao teatro, estas na maior parte dos casos traduções e
adaptações de autores estrangeiros. Grande parte da sua produção em prosa foi
reunida na coletânea Prosas.
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