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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

CRÔNICA: A FONTE LUMINOSA

Não me lembro de um fato que me tenha causado maior agitação, quando crianças, que a inauguração da tão falada, na época, "Fonte Luminosa". Só o nome causava, não só em mim, mas a toda meninada, bem como, no populacho geral, um certo quê de ministério e fantasia. Os comentários eram levados boca a boca, e ficávamos a imaginar um turbilhão de formas, cada qual a sua maneira. Até que enfim chegou o tão esperado dia, e lá estava com minha mãe, juntamente com meus irmãos, e acredito quase toda a cidade, pois a Praça da Estação estava repleta. Regurgiava na referida praça uma enorme e diversificada multidão: Adultos, Jovens, mães com seus filhos, moças, rapazes, enfim, todos com o mesmo objetivo, ou seja: assistir à inauguração da já famosa "Fonte Lumisosa", que estava marcada para logo após a chegada do trem.Era grande pois a expectativa, e a praça, com o avanço da hora, ia enchendo-se cada vez mais, tanto pelas pessoas que comumente ali estavam para a chegada do trem, e nesta tarde também para a inauguração, juntando-se aos vendedores de balas, pipocas, pirulitos, cigarros, doces, brinquedos de madeir ( na época plástico era coisa rara) e demais quinquilharias próprias a tais ocasiões. O ruge-ruge aumentava com o passar das horas, e por falar em hora, não é que o danado do trem logo naquele dia resolveu atrasar, pois já passavam 15 minutos das 17:30h,horário da sua chegada habitual, e nada. Tal fato só servia para aumentar a expectativa geral. E lá estava ela, a tal fonte, incrustada bem na frente do majestoso prédio da estação, a uns cinco metros da calçada da mesma, constituindo-se de uma rola (círculo), comum a roda maior em seu interior e a maior (roda) era inundada de água e bem no centro do círculo (como se fosse uma ilha). Havia uma espécie de jardim, com pedras e plantase. Na parte aquática nadavam peixes de variadas especies, dois peixes-boi, aruanã,cágado, variados, vários tipos de marrecos e patos, além de cinco majestosos cisnes. Enquanto que na ilha (roda central) ficavam animais de hábitos terrestre, como: garças, seriemas ( aves da família dos pernaltas, que, tem por sinal é longa e fina), preás, coelhos, capivaras e para o colírio dos olhos principalmente da molecada, um filhote de jacaré. Toda a estrututa da obra era cercada externamente por um forte e alto alambrado que servia de proteção. O puro e simples visual da fonte já deixava a todos embevecidos, extasiados . Uns afirmavam que nem na capital existia uma igual; outros diziam que era coisa das Europa- um modelo francês;o certo é que a respeito do disse-me-disse, num ponto todos concordavam: era uma bela construção (obra), Agora só faltava inaugurar, para saciar o desejo do povo que ansiosamente aguardava. Faltavam 10 minutos para as 18:00h, quando se ouviu o toque de um sino, la para as bandas do salgadinho. Logo em seguida soou um saudoso êplangente apito. Era o trem que estava chegando, e como sempre ao chegar, o velho roubava qualquer espetáculo, e não foi diferente desta vez. todos ( ou pelo menos a maioria) esquecendo momentaniamente a "FONTE "correram, adentrando a estação para esperá-lo, e ele (o trem) chegou- rangendo, bufando, apitando,fazendo seu habitual estardalhaço, o que por nós, camocinenses, sempre soava como uma verdadeira sinfonia. Após a chegada, abraço, saudações, carregos e descarregos etc.

O povão satisfeito por assistir a mais uma chegada do trem (sempre motivo de animação) ocorre novamente á praça da estação para o desfecho final desta tarde histórica e alegre. A comitiva de autoridades, liderada pelo então prefeito já falecido Setembrino Veras - que não era homem de muitas delongas - foi logo autorizando o procedimento inaugural. Á ordem dada, tarefa executada! O operador entrou na casa de força ( motores) e ato contínuo acionou as bombas. Eram 18:25h. Deus todo poderoso!! Uh! Nossa! Viva! Virgem Santíssima!! A maravilha das maravilhas!!. Jato d'água' impulsionados pelas motos-bombas emergiram de inúmeros locais cobrindo totalmente a grande circunferência. Milhares de Gotículas multicores(amarelo, laranja, vermelho, verde, lilás, azul) devido aos holofotes internos, formavam um enleiode prismas que dançavam loucamente, ora vermelho rubi, verde esmeralda, amarelo ouro, azul turqueza. Um verdadeiro arco-iris de brilho e explendor. Lindo! Lindo! Hip! Urra!... A multidão delira e aplaude, hipnotizada por tão esfuziante espetáculo de beleza... Estava inaugurada a Fonte Luminosa. Infelizmente, com o passar do tempo, nossa querida " Fonte Luminosa" começou a sofrer o inevitável descaso das autoridades, a exemplo do movimentado porto, a estrada de ferro ( trem) e de tantas outras boas causas que um dia tivemos. Os motores pifaram. Ajeita hoje! Ajeita amanhã! Vem peças da Capital! Nunca mais foram recuperados. Restou apenas a fonte ( não mais luminosa. Sobraram animais... Mas com o passar dos anos ( outras administrações), a velha fonte caiu no ostracismo do esquecimento. Os animais foram aos poucos morrendo ou sendo roubados. A ferrugem correu as estruturas metálicas. A maresia destruiu a beleza arquitetônica e por fim, o progresso - em forma de trator - a varreu do mapa definitivamente para a construção de uma praça.

Autores:
Carlos Augusto, Inácio Santos, Avelar Santos, Arthur Queiroz, R.B.Sotero,Francisco Valmir Rocha


UM CRONISTA DE MÃO CHEIA

Fernando Tavares Sabino (Belo Horizonte, 12 de outubro de 1923 — Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2004) foi um escritor e jornalista brasileiro.
Durante a adolescência, foi locutor de programa de rádio Pila No Ar e começou a colaborar regularmente com artigos, crônicas e contos em revistas da cidade, conquistando prêmios em concursos.
No início da década de 1940, começou a cursar a Faculdade de Direito e ingressou no jornalismo como redator da Folha de Minas. O primeiro livro de contos, Os grilos não cantam mais, foi publicado em 1941, no Rio de Janeiro quando o autor tinha apenas dezoito anos, e sendo que alguns contos do livro foram escritos quando Fernando Sabino tinha apenas quatorze anos.
Tornou-se colaborador regular do jornal Correio da Manhã, onde conheceu Vinicius de Moraes, de quem se tornou amigo.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1944. Depois de se formar em Direito na Faculdade Federal do Rio de Janeiro em 1946, viajou com Vinicius de Moraes aos Estados Unidos da América, onde morou por dois anos em Nova Iorque com sua primeira esposa Helena Sabino e a primogenita Eliana Sabino.
O encontro marcado, uma de suas obras mais conhecidas, foi lançada em 1956, ganhando edições até no exterior, além de ser adaptada para o teatro. Sabino decidiu, então (1957), viver exclusivamente como escritor e jornalista. Iniciou uma produção diária de crônicas para o Jornal do Brasil, escrevendo mensalmente também para a revista Senhor.
Em 1960, Fernando Sabino publicou o livro O homem nu, pela Editora do Autor, fundada por ele, Rubem Braga e Walter Acosta. Publicou, em 1962, A mulher do vizinho, que recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia, do Pen Club do Brasil.
Em 1966, fez a cobertura da Copa do Mundo de Futebol para o Jornal do Brasil. Fundou, em 1967, em conjunto com Rubem Braga, a Editora Sabiá, onde publicou livros de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Clarice Lispector, entre outros.
Publicou O grande mentecapto em 1979, iniciado mais de trinta anos antes. A obra, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, e acabaria sendo adaptada para o cinema, com direção de Oswaldo Caldeira, em 1989, e também para o teatro. Em julho de 1999, recebeu da Academia Brasileira de Letras o prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra.
Faleceu em sua casa em Ipanema (zona sul no Rio de Janeiro), vítima de T.A.F no fígado, às vésperas do 81º aniversário. A pedido, o epitáfio é o seguinte: "Aqui jazz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino!"

A ÚLTIMA CRÔNICA


(...) A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

MISSÃO DADA É MISSÃO CUMPRIDA!!!

Neste início de ano letivo devemos nos perguntar o que realmente nos interessa.

O que viemos buscar nessa nova oportunidade de troca de conhecimentos que teremos com uma nova turma ou até mesmo, com a velha turma, que de certa forma nos faz repensar em questões que erramos e também acertamos na busca pelo nosso melhor.

É com esse conceito que devemos começar esse ano letivo.

Com a verdadeira vontade de busca, pelo conhecimento... Encarando os desafios que surgirem pela frente, com determinação e sabedoria para superá-los e fazer deles um instrumento de aprendizado.

Afinal, a vida é uma grande escola. E o conhecimento está ao nosso redor, basta abrirmos os olhos para vermos com clareza.

Assuma a responsabilidade de sua vida e busque o seu melhor.

E vamos juntos, formar uma comunidade escolar justa e digna, assim o êxito é certeza para todos.